O dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, afirmou nesta segunda-feira, 15, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, está demandando que a rede social viole as leis brasileiras.
Contexto da Alegação de Musk
Em sua conta oficial, o empresário escreveu que “as leis dos Estados Unidos impedem o X de participar de corrupção que viole as leis de outros países, que é o que Alexandre de Moraes está exigindo que façamos”, marcando a conta oficial do ministro.
Intimação da X Corp. pelo Comitê Judiciário dos EUA
A declaração de Musk veio em resposta a uma nota do “Assuntos Governamentais Globais”, perfil institucional do X. Na nota, é mencionado que a X Corp., empresa privada de Musk, recebeu uma intimação do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos para fornecer informações sobre as ordens do STF. O perfil institucional informou que, “para cumprir suas obrigações de acordo com a legislação dos EUA, a X Corp. respondeu ao Comitê”.
Histórico de Confronto entre Musk e Moraes
A tensão entre o bilionário sul-africano e o ministro do STF começou no sábado, 6, quando Musk acusou Moraes de violar a Constituição brasileira e promover censura em suas decisões judiciais. No dia seguinte, o empresário renovou os ataques, sugerindo que o ministro deveria renunciar ou sofrer impeachment.
Posicionamento do X e Resposta de Moraes
Em uma declaração, o X alegou ter sido compelido, por decisões judiciais, a bloquear certas contas populares e afirmou desconhecer os motivos dessas ordens de bloqueio. Em resposta, Moraes incluiu Musk como investigado no inquérito das milícias digitais por “dolosa instrumentalização” do X.
Reação de Musk e Pronunciamento de Moraes
Na última segunda, 8, o empresário reiterou suas críticas, chamando Moraes de “ditador” e afirmando que ele teria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “na coleira”. Na última quarta-feira, 10, Moraes se pronunciou publicamente sobre a controvérsia, destacando a seriedade e a coragem do Poder Judiciário brasileiro diante das tentativas de intimidação. Ele enfatizou que a liberdade de expressão não deve ser confundida com a liberdade de disseminar ódio, racismo, misoginia ou homofobia.